Cansei de ser “bonzinho”
Cansei de ser “cristão”
Não me iludo com os discursos
Não me empolga a pregação
Aprendi a andar sozinho, já não sigo a multidão
Sei que perdi muitos “amigos”
Abandonaram-me os “irmãos”
Se os perdi, de fato não eram meus amigos
E os que me abandonaram, de fato não eram meus irmãos
Prefiro um bom vinho
Prefiro um bom livro
Prefiro ver televisão
Domingo não vou mais a igreja
Meu trabalho é a minha devoção
Dou o dizimo para os meus filhos
Minha oferta é o meu coração
Recebo de volta o respeito, o carinho e admiração
Não almejo o céu, é muito longe pra ir
Prefiro ficar aqui, e viver cada emoção
Não me segue que “eu to perdido”
Não preciso de salvação
17 de setembro de 2010 às 01:26
Mano JAIR,
Que coisa mais pura...
Nada mais digno que fazer transparecer pelas palavras o anseio que carregamos dentro de nós... anseio este de querermos ficar aqui neste mundinho mais um pouquinho....e continuarmos a desfrutar de algumas coisas tão boas que a vida ainda nos tratou de reservar....
Te espero no meu cantinho abandonado...rsss
Beijos querido.
17 de setembro de 2010 às 09:30
É Jairzinho...tu tá mesmo "perdido" meu amigo...rsss Meu amigo, cada um de nós que viemos da tradição cristã evangélica mas que começaram a questionar muita coisas tomaram rumos diferentes. Alguns renegaram por completo sua tradição, suas crenças, sua fé e se tornaram ateus e até inimigos da reliigão. Mas eles não percebem que nos seus inconscientes, a "saudade do pai" ainda persiste apesar da "guerra contra o pai" como o Levi tão bem vem escrevendo ultimamente.
Outros (no qual me incluo), fizeram a mesma crítica, reformularam muitas crenças, não tem a mesma fé que antes mas continuam valorizando o sentimento religioso e achando que a religião ainda é importante. Não se tornaram ateus ainda que sua compreensão de Deus seja hoje totalmente diferente do que já foi um dia.
E aí, onde você se encaixa? ou você tomou uma terceira via?
Você vai voltar a postar na Confraria na próxima rodada?
Abraços e bom poder falar com você outra vez.
17 de setembro de 2010 às 19:42
Querida amiga Paulinha;
"Ainda que eu permaneça infiel, tu és minha fiel escudeira...kkkkk
É muito bom retornar a este ambiente amistoso da blogosfera, me desculpe a ausência, estou ajuntando os meus cacos e em breve tudo voltará a normalidade...em breve te farei uma visita.
Forte abraço.
17 de setembro de 2010 às 19:57
Carissimo amigo Dudu;
Me junto á você, pois hoje já não tenho mais a mesma fé de outrora, mais cheguei á uma conclusão.
Não precisamos de religião, Deus existe dentro de cada um, porém o diabo também, ou seja se amarmos os nossos semelhantes á ponto de respeitarmos as suas opiniões e crenças, Deus está em nós...se do contrario, por causa da religião fazemos facções, guerras e porfias quem se manifestou em nós foi o "diabo"...
Hoje procuro ser um homem melhor para a sociedade e para minha familia não me preocupo mais em ser perfeito e este é o grande mal da religião...tentar ser aquilo que não conseguirá jamais...Todo religioso procura ser tão perfeito quanto ao deus que acredita, ao ponto de superá-lo e isto eu considero maligno.
Concluo: "Ainda tenho um Deus ardendo no meu peito."
Quanto a voltar a escrever na Confraria será um imenso prazer e aguardo a permissão dos confraternos.
Forte abraço.
19 de setembro de 2010 às 10:52
JAIRZINHO
Que texto mais gostoso de ler meu amigo....e provocativo também. Rsrsrsrsrs
Você escreveu algo em seu texto que venho pensando muito ultimamente que é....ninguém na verdade deseja o céu, todos queremos continuar vivendo na terra, o céu só é desejado quando posto lado a lado com o inferno, ai, não há duvidas qual a pessoa irá escolher, não é mesmo?? Kkkkkkkkkkk
Na questão de você voltar a escrever na confraria, tens meu voto e meu apoio...portanto, volta logo meu filho!!!
Abraços
20 de setembro de 2010 às 21:48
É isso mesmo Marcio;
Note que até o crente que já se considera salvo, teme morrer; Desconfio que dai surgiu a ideia do "arrebatamento da igreja", ainda que seja para morar no céu, o camarada que ir vivo, porque se estiver morto vai que se depare no "inferno?"...kkkkk
Estou me preparando para escrever na Confraria
24 de setembro de 2010 às 18:47
Caro Jair
Deixamos de andar num ônibus veloz "igreja", mas continuamos na mesma estrada.
Agora, cada um está andando a pé por esse mesmo CAMINHO, e participando de momentos nunca dantes experimentados, como as paradas no percurso para poder sentir o cheiro da terra molhada e do esterco úmido dos currais, para olhar a beleza de um lírio no campo, num entardecer - , coisas que o veículo ("igreja"), por ser tão veloz, não nos deixava perceber.
Agora, mais a vagar, sem o fardo do "ter que fazer", desfrutamos do panorama ao nosso redor com liberdade e sem culpas.
Mas, como disse o comandante Eduardo, o que nos move em nossa caminhada (agora, a pé) ainda é o "sentimento religioso".
E caminhar é justamente isso: "Um pé a frente e outro atrás - para manter o equilíbrio". (rsrss)
Abçs,
Levi B. Santos