Órfão



Eu que nunca vi meu pai, agora perdi o rumo, perdi a direção

Descobri que o meu pai nunca foi meu pai, e agora viverei pagão?


A queda foi grande, tamanha foi a decepção, mas não vou ficar aqui lamentando; Chorar não é a solução. Tenho que caminhar sozinho reencontrar a direção


Cada queda uma experiência, cada experiência uma decepção
Conclui que eu estava errado, quando pensava ter razão


Meu nascimento foi traumático, cai nos pés de uma parteira, dei com a cabeça no chão
Invés de roupas de bebê, uma mortalha, no lugar de um berço, me compraram um caixão


Mas eu resisti firme e hoje estou aqui, prá provar que meu pai existe, ou que uma força me trouxe até aqui, eu não sou órfão não!


A resposta não importa, sinto que esta força esta viva dentro de mim, viver é o que importa, a resposta é apenas uma suposição


Viver é a duvida da certeza...morrer é a unica coisa certa então...

"Aberto para reformas"


Ao acordar numa tarde fria de quinta-feira do mês de Junho de 2009, onde na noite anterior, trabalhei durante toda madrugada; como já o fazia ao longo de quatro anos.


Mais aquela tarde não seria igual, quando olhei no espelho e me deparei comigo mesmo; é isso mesmo, parece óbvio, porem alem da minha face que via refletida naquele espelho manchado, pude olhar para dentro do meu interior, a partir de então me deparei com os meus conflitos e medos, com as minhas duvidas acerca do seguimento que daria para minha vida.

Perguntei-me: O que conquistei até agora? O que perdi? Qual o saldo da minha vida?

Imediatamente desisti em saber as respostas.

Basta, as decepções e aflições do dia a dia, movidas pelo desejo egoísta de ser “feliz”.

Decidi fazer uma reforma na minha vida; Como um alguém que decide reformar sua casa, e antes se dirige á cada cômodo observando minuciosamente o que precisa ser consertado; Ao fazê-lo, cheguei à conclusão: “É preciso derrubar tudo e reconstruir tudo de novo”.

"Fú..."



Estou confuso


Minha mente em parafuso

Quem foi que me fez?

Meu pai?

Minha mãe?

Quem é meu pai?

Quem é minha mãe?



Os religiosos dirão

Você é obra da mão de Deus

Quem é Deus?

Quem são vocês?

Alguns dirão;

Estamos num estagio mais avançado

Minhas perguntas são perguntas de tolo

Mas quem um dia já não fez?



Quem somos nós?

Dê onde viemos?

Par onde iremos ?

Quem é Deus?

Quem já respondeu?

Será este um novo Deus?

Ou quem sabe já morreu?

E a resposta não nos deu

E agora?

"Fú...

Não posso rimar, pois ainda temo á Deus

"Não me segue que eu to perdido"


Cansei de ser “bonzinho”
Cansei de ser “cristão”
Não me iludo com os discursos
Não me empolga a pregação
Aprendi a andar sozinho, já não sigo a multidão

Sei que perdi muitos “amigos”
Abandonaram-me os “irmãos”
Se os perdi, de fato não eram meus amigos
E os que me abandonaram, de fato não eram meus irmãos

Prefiro um bom vinho
Prefiro um bom livro
Prefiro ver televisão
Domingo não vou mais a igreja
Meu trabalho é a minha devoção

Dou o dizimo para os meus filhos
Minha oferta é o meu coração
Recebo de volta o respeito, o carinho e admiração

Não almejo o céu, é muito longe pra ir
Prefiro ficar aqui, e viver cada emoção
Não me segue que “eu to perdido”
Não preciso de salvação

"Confiança"



Exercer a “fé” é acreditar em si mesmo, fé é acreditar no próprio potencial.




Se fingir de coitado, dizer que é um derrotado, é coisa para o irracional.



Levante- se renove as tuas forças, as tire de dentro do teu ser, manifeste o deus que existe em você.



Você já recebeu as ferramentas, agora vá trabalhar pare de ficar esperando por alguém que não vem.

O principio das relações humanas.



Em busca de uma vida melhor
O homem se engana, quando pensa
Que conseguirá viver bem, vivendo só.


Criado para viver em grupo
Viver em tribos, viver em família

Terá que aprender a oferecer, sem esperar receber;
Terá que dividir, para se multiplicar;
Terá que subtrair de si, e somente assim, poderá somar



A meta não é ser elevado ao maior potencial
Mas sim, ser um individuo melhor para o bem geral

Diz a expressão; “Uma andorinha só não faz verão”

Vejam o caso de Adão; sofria de solidão
Mas da sua própria costela, extrairia a Eva
Que alegraria o seu coração



Prova que mesmo com dor
O homem precisa de uma companheira para chamar de amor


Deus via com alegria o convívio em família, mas será que agora, não era Deus quem sofria de solidão?


Visto que de forma espiritual, não havia ninguém que lhe fosse igual
Mais tarde, Deus se manifestou na forma carnal, habitou entre os homens, vem para ensinar o amor, sofreu, morreu, e por todos se entregou



Hoje habita no coração dos homens, fez de cada homem uma parte de um todo, onde todos juntos somos iguais á Deus.

Onde foi que eu errei?

Como é difícil admitir o erro
Talvez por orgulho, talvez por receio
Será que errei outra vez?

Um erro muda toda uma vida
Eu que o diga
Quantas vezes eu errei!

Ainda está aberta a ferida
Parece que não cicatriza
Será que vou carregar esta dor para o resto da vida?
A resposta eu não sei

Eu não fumo, não bebo;
Sexo? Uma vez por semana,
Às vezes é uma por mês

Não matei, não roubei
Não enganei ninguém, pode ser que menti
Mas se fiz, foi para não se ferir, ou porque me enganei

Olha só, estou mentindo outra vez
Ou será que me enganei?
Quem souber a resposta, me diga

Onde foi que eu errei?

Meu dia de Incrivel Hulk



Sei que a vida, não é só de momentos bons;

Mas, por que está tão ruim?

Momentos bons duram pouco;

E os desgostos, parecem não ter fim.

Pelo menos comigo sempre foi assim.



Estou inconformado, me sentindo lesado

Chega! Cansei de ser o coitado, não quero que tenham dó de mim

Mas não me dou por derrotado, não vou ficar parado.

Eu vou sair daqui.



Vou parar de chorar, mas continuarei a reclamar

Exijo meus direitos. Eu também sou filho de Deus.

Eu preciso ser feliz.



Preciso sentir o gosto

Chega de só roer o osso

Eu tenho direitos, já que os meus deveres, sou obrigado a cumprir.



Não  peço nada para Deus

Quem sou eu para exigir

Não quero privilegio

Já sei me virar sozinho

Foi Deus que me fez assim



Este é o meu desabafo

Sou humano, sou falho

Mas não sou de todo ruim

Perdoem-me o mau humor

O mar não está prá peixe;

Muito menos prá mim.

Poesia minha amante, minha amiga.


Entusiasmado como um adolescente apaixonado. Tenho o papel como um confidente, o lápis e a caneta, são meus aliados que registram os traços do meu peito ardente.

Nas folhas brancas do papel desenho o meu mundo. Retorno ao passado, idealizo o presente, e o futuro é um vislumbre.

Pode ser em papel manteiga, e até em papel de pão;

Se não tiver papel, nem caneta; não importa, escrevo com o dedo no chão.

O que importa é que a minha poesia encontrará lugar cativo em cada coração.

Visito meus amigos, abraço meu leitor;

Contemplo os seus sorrisos, e transmito o meu amor.

Como diria o rei das canções e melodias;

Eu sou aquele amante á moda antiga... posso não lhes mandar flores, mas lhes mando poesias.

É triste saber que alguns desdenham da poesia, á consideram arcaica, cousa que já se ultrapassou. Que o poeta é antiquado, dolente e bajulador.

Oxalá nascessem mais e mais poetas; Teríamos um mundo sem guerras, as armas seriam canetas, municiadas com amor.

Oxalá o mundo tivesse mais poesia, os discursos não seriam enfadonhos, nos corações nasceriam sonhos de um mundo risonho e melhor. Nós púlpitos teríamos um trovador, os hinos e melodias cantariam honras e glorias ao Senhor.

Poesia; és a minha alegria, em ti estão minhas fantasias.

Poesia; és o meu contentamento, és a minha oração.

Ouço Deus falar comigo, e sei que de Deus tenho a audição.

Poesia; és o meu culto, és a minha adoração.

Um dia me atrevi, escrevi em forma de poesia e nela estava escrito assim;

Deus é um poeta, um louco criador. Logo recebi a alcunha de poeta sem pudor.

Simplesmente um poeta simples. Isto sim é o que sou.

Sou a Imago Dei. Imagem e semelhança do nosso Criador.

Vida que te quero Vivo!




Está difícil viver.
Quem disse que era para ser fácil?
Mesmo sofrendo, quero viver

Enquanto durar a vida, existirá a esperança.
Posso contemplá-la no sorriso da criança.

Por que sofre o justo?
Será tão “justo,” que não sabe o que é sofrer?
Enquanto o “injusto” folga de prazer?

Bem que eu queria entender, mas isto só aumenta o meu sofrer
Estou perdendo tempo precioso, esquecendo de viver
O pouco tempo que me resta, o que me resta é viver

Sofrer é uma realidade, sofrer é vaidade
Pedir bênçãos é desejo dos covardes, de quem tem medo de viver

As vezes sofro angustias
Faz parte da vida sofrer, mas bem que eu gostaria.
Ter um pouco de prazer, para que meus filhos não digam que nasceram para sofrer.

Não me conformo com a dor, não sou hipócrita de dizer;
Apenas rejeito a morte, quero mesmo é viver.
Motivos não me faltam para lutar e viver.

A vida




Escapa-me entre os dedos, tal como água pelo ralo a escorrer.

Passa rapidamente sem que eu possa perceber, sem que eu possa controlar.
Tua velocidade vai me destruir, vai me atropelar.

Não posso evitar, vou ter que te enfrentar, vou ter que passar; Parar o relógio não vai adiantar, correr ao contrario, não vai ajudar, nos encontraremos de volta no mesmo lugar.

Ai que saudade que me dá, do tempo em que não me preocupava em te controlar. Corria descalço, pisava em falso, pisava em cacos sem medo de me cortar.
Meus pés intactos, via sangrar.

Corre dentro de mim, escorre na minha pele; escapa-me da mão, feito barra de sabão. Para me provar que sou fraco, que sou como um frasco aberto, que disperso perco o odor.

O tempo vai passando como um vapor, a vida vem e vai com o vento que soprou. Quem disse que sou dono da minha vida, dono do meu tempo?

Não está mais aqui quem falou.

I.P.B.B.B. Igreja Pentecostal Big Brother do Brasil.



Sua vida é vigiada vinte e quatro horas pelos irmãos

Conhecem os seus problemas, através da sua oração

Falam do que já sabiam como se fosse revelação



Antigamente não era permitido, mas hoje acompanham sua vida, como novela de televisão

Quem olha de fora não quer entrar

Quem está dentro não vê a hora de sair



Se surgir uma fofoca com seu nome, você vai para o paredão

Se não se concertar, irão votar na sua condenação

Discórdia, intriga, inveja, porfia e emulação

Faz parte do jogo, aquele que suportar até o fim, garante salvação



A verdade nem sempre aparece, fingimento é um dom

A mentira fica encoberta, debaixo do edredom



Buscam cargos, alto-estima e galardão

O individualismo é operante, mas se prega união

Se agridem verbalmente, não existe valor sentimental

Este é o povo barulhento, o crente pentecostal

“O pior cego é aquele que enxerga e não percebe.”




“A humanidade de Jesus vista por Bartimeu.”
Em uma cidade havia um cego de nascença, assentado a beira do caminho, seu nome era Bartimeu.
Grande multidão passava e quase o esmagava. Mas o cego percebeu a forte presença que ali sucedeu.
Seus ouvidos estavam atentos e em pensamentos dizia: “Verei o meu Deus.”
Á ele faltava a visão, mas tinha na voz a mais forte expressão.
Bartimeu começou clamar, parecia louvar um hino de exaltação.
“Jesus filho de Davi tenha de mim compaixão.”
“Jesus filho de Davi olhe para mim, sou eu teu irmão.”
Cantarolava assim a simples canção, que subiu aos ouvidos do Rabi, e tocou no fundo do seu coração.
Cale-se, mandava a multidão, e bem mais forte ecoava o apelo em forma de oração
O Mestre então chama Bartimeu.
- Pode pedir.
- O que queres que eu te faça? Óh filho de Timeu.
Responde Bartimeu.
- Que eu veja o rosto do meu Senhor. Este é o desejo meu.
Conforme ele pediu o Senhor lhe concedeu.
Tornou-se radiante, não é mais o cego errante a beira do caminho.
Hoje é lembrado com carinho. O ilustre Bartimeu nascido para a Glória de Deus.

A cidade era Jericó. Bartimeu era um descendente de Jacó, era da família de Davi e Jesus era seu parente.
O hino que Bartimeu cantava evidenciava a humanidade do filho de Deus é assim que Jesus gostaria de ser visto; “Muito mais humano, e menos Deus.” Bartimeu ainda quando estava cego assim o percebeu, assim o recebeu.

Uma linda mulher. (Ensaio Sensual)



Quem via aquela moça, não podia resistir.
O decote do seu vestido atraia muitos olhares.

Seu belo par de seios, fartos e firmes, ela era comparada a uma frondosa arvore que exibia belos frutos no ponto de serem colhidos.

Mangas maduras prontas para se consumir.

Até o mais decente dos homens, colocava-se a imaginar como seria ela nua, e nas curvas do seu corpo dourado, queria se aventurar.

Imaginavam as fantasias mais impuras que não se pode mencionar. O roçar das suas coxas, o calor de suas entranhas, queriam penetrar.

Sacerdotes e escribas, bem que tentavam disfarçar, cobiçavam a bela moça sem ter medo do pecado. Feita pelas mãos de Deus, enviada do diabo.

De noite nos tirava o sono, impedia nossas orações, invadindo nosso corpo, provocava-nos ereção.

Causava-nos sensações indescritíveis, expelia de nossos corpos os fluidos mais profundos.

Nos matava de prazer, nos tornava tão imundos.

Não havia meios de escapar desta grande tentação, ao não ser acusá-la, pediríamos sua condenação.

Conduzimos a moça até Jesus pensando; ele a julgará e pela lei de Moisés, esta moça morrerá.

- Mestre lhe trouxemos esta moça libertina. Em ato de adultério, corrompeu a sã doutrina, perceba os seus trajes, por si mesmo á incrimina.

O Mestre se inclina, demonstrando não se importar. Escrevia na terra, enquanto o povo esperava que a moça, ele iria condenar.

O Mestre levanta-se sem pressa, nem ao menos se estressa, olha dentro de cada olhar. A moça ajoelhada, mal sabia rezar.

Pergunta com a calma que lhe é peculiar:

- Quem está com a alma tão limpa que possa condenar? Atire a primeira pedra.

- Quem vai se habilitar?

Fariseus e escribas, os primeiros a se retirar. Casados e solteiros não quiseram hesitar.

Até as outras mulheres não ficaram prá contar.

A moça temia seu corpo então tremia. No fundo ela sabia que somente Jesus á podia condenar.

Jesus estende-lhe a mão e levanta a moça do chão.

Pergunta-lhe então:

- Para onde foram os que pediram a tua condenação?

A moça ainda tremendo, responde:

- Ficamos apenas o Senhor e eu.

- Não te condenaram?

- Não.

- Eu também não o farei. Estás livre dos teus pecados.

- Meu nome é Jesus siga em frente e não volte a pecar.

Adaptação do texto do Evangelho de João Capitulo 8-11.

"A mulher adultera."

A crise do saber




Assentado estava eu

No chão frio e úmido do meu eu

A cabeça entre os joelhos e os pensamentos, só quem sabe é Deus



Meu corpo estava lá, dava prá ver

Minha alma passeava no quarto escuro do meu ser



Procurava por luz

Procurava saber

O que não sabia, não podia entender

Mas o que eu não sabia, é que ia doer



Agora estou sem chão

Meu corpo flutua nesta imensidão

Me contaram mentiras?

Ou foi só ilusão?

Não me diga que sim

Não me diga que não



Quero apenas saber

Quem está com a razão?

Quero apenas entender esta grande questão



Quem sou eu?

Quem é você?

Quem é Deus?

Será o fim?



Prá onde iremos então?

Dormir, repousar, morrer?

Ressurgir, acordar, renascer?



Em outro país?

Em outro lugar?



Quem vai responder?

Quem vai omitir?



Eu vou me recolher!

Eu vou me calar!

Para não perecer

Prefiro pensar, ao invés de saber

Em busca da felicidade.




Vou contar a historia de Felicio um personagem fictício, mas sei que com ele muitos vão se identificar

Felicio apesar do nome, não conhecia a felicidade
Andava de cidade em cidade procurando a felicidade para se realizar

Entre as idas e voltas Felicio se revolta
Diz que a felicidade é muito remota, não vai alcançar

No caminho encontra um confidente de nome Vicente que gentilmente, ajuda Felicio a se encontrar

Vicente pergunta:
- Amigo Felicio onde queres chegar?

Felicio convicto olha para adiante e bem confiante, aponta para uma montanha distante e diz:
- A felicidade está atrás daquela montanha, serei feliz quando eu lá chegar

Vicente retruca Felicio:

- Para que tanto sacrifício?
A felicidade está bem aqui, não em outro lugar

Felicio se empolga e pede uma prova
- Cadê a felicidade?
Já posso pegar?

Vicente sorridente ironiza o inocente
- A felicidade se sente, não podemos pegar
Está aqui dentro de ti, basta apenas sentir
- Se você é feliz; a felicidade estará a onde você se encontrar

Deste dia em diante Felicio passou a ser feliz
Não precisou mais procurar a felicidade, tornou-se sua companheira
Em seu coração resolveu habitar

Aversão a religião


Por que sou melhor?
Que graça viu em mim, para ter me escolhido?

Entre povos e nações
Por que eu sou o ungido?

Os outros morrerão?
Estão perdidos?
Por que esta divisão?

Por quê?

O que fizeram para merecer?
O que deixaram de fazer?
Eu gostaria de saber!

Existe um “deus” mais justo?
Existe um “deus” menos protetor?
Existe outro “deus”

Quero conhecer!
Se me considerar culpado
Deixe-me morrer

Não quero proteção
Enquanto sofre sozinho o meu irmão

Não quero fartura e ver morrer a criança imatura
Não quero cobertor e deixar morrer de frio o menor infrator

Não quero aliança
Enquanto desabrigados perdem a esperança

Não quero religião e ver na porta da igreja mendigos dormindo no chão

"O preço da salvação"




Uma ameaça ao pobre cristão
Basta apenas um vacilo
Basta apenas um tropeço

Um pensamento impuro
Se mencionar um palavrão

Sem perdão já me complico
Sem motivo estou aflito
Arrancam-me a salvação

Dizem que eu não mereço
Dizem que não tem preço
Parece até propaganda de cartão

Preciso ter crédito
Esta salvação é por mérito
Dizimo e oferta
Jejum e oração

O discurso é o mesmo
Salvação é um pretexto
Está aberto o pregão

Está sem dinheiro?
Está sem cheque ou sem cartão?
Faça aqui um desafio
Venda agora o seu filho
Participe do leilão

A causa é justa
O motivo é nobre
Vale a sua salvação

“O Jogo da vida.”




O futuro nas mãos de um deus jogador.


A vida é como um jogo
Quem quer jogar?
Não depende de sorte
Nem tão pouco de azar
Saiba que o resultado não se pode alterar

Alguns nasceram para perder
Outros nasceram para ganhar

Então

Que graça tem viver?
Que graça tem jogar?
Sabendo quem vai perder
Sabendo quem vai ganhar

Destinos estão marcados e cortados como cartas
Perdedores e vencedores receberam suas marcas
O final está traçado, não importa o que se faça

Na roleta desta vida muitos são trapaceados
Estão nas mãos de um manipulador, frio e obstinado
Alheios a própria vida, lançados como dados
Mesmo antes da jogada já se sabe o resultado

Como se fosse uma corrida arranjada
Se conhece o vencedor ainda na largada
Então por que correr?
Então por que viver?
Se a vitória foi armada?
Será a  visão de um deus que conhece o futuro?
Será este o deus da marmelada?

Dia Internacional da Minha Mulher.





Maravilhosa senhora, feliz foi a hora que te encontrei
Única entre milhares, na troca de olhares eu te namorei
Linda e formosa, sua boca cheirosa sempre beijarei
Homem completo, com você por perto, amado serei
Eli a eleita para mim é perfeita, sempre te amarei
Rainha majestosa, fiel e bondosa, eu sou o teu rei

8 de Março, Dia Internacional da mulher, valorize a que você tem.



Uma viagem no Interior do meu ser.





A jornada é longa e extenuante, caminhando vou procurando encontrar a direção certa. Percorrendo as veredas do pensamento, embrenhado na penumbra desta abissal floresta de alucinações.
Não preciso de lanterna o teu farol tem luz própria, ando iluminado pelos teus lampejos.

Nesta busca pelo divino, vou galgando a tão desejada magnitude da tua presença.
Procuro-te nos labirintos da minha mente, investigando a razão da minha existência. Em cada questão não respondida, aumenta no meu ser a aspiração pelo sobrenatural.

Observo o horizonte da minha alma, percebo que pouco avancei. Quem sabe não movi um músculo, permaneço no lugar da partida.

As duvidas me cercam, o medo me afronta. Sou constrangido e interrompo a viagem. Logo sou impulsionado pelo instinto peregrino, e inquieto me ponho á pensar.

Por um instante, sinto as forças se esvaírem deste corpo. Penso que estou morto, descarto esta possibilidade.
Morto não pensa não se movimenta, não vai a lugar nenhum. O que posso dizer é que estou vivo, estou viajando.

Um misto de agonia e calmaria invade-me. Tenho um desejo ardente de descansar na tua sombra.
Não quero morrer, não quero ser tragado pelas profundezas do teu assombro.
Sei que é impossível, já que sou um mortal.

Quero sossegar em Deus, adormecer no teu regaço, ser despertado por teu sopro e finalmente descobrir os teus segredos.
Então reconhecerei o estranho, ouvirei o inaudível, até perceber que não existe novidade no universo, além de Deus.

Meu Deus; Desconfio que já o encontrei, e suspeito que tu nunca esteve longe. Bastava que eu te procurasse bem dentro de mim.

“O Testemunho de Lázaro”



Estive enfermo, meus dias prestes a se findar
Minhas irmãs inconformadas, só sabiam chorar
Lembraram-se do nosso amigo, e pediram para lhe chamar

Dois dias se passaram
Nenhuma resposta
Deitado em uma cama eu olhava para porta
Esperando ele chegar

Minhas irmãs lastimavam
Amanhã será tarde
Lázaro não resistirá

Antes de adormecer, consegui balbuciar
Jesus é meu amigo
Não tarda e não falhará
Chegará na hora certa
Com ele irei me encontrar

De repente adormeci
Não percebi o tempo passar

Quatro dias, que tristeza

Mas ele não me abandonou
Na minha alma a certeza
Ele muito me amou

Ouço os passos e o choro da multidão
Meu corpo gelado, já em decomposição
De repente uma lagrima aqueceu meu coração
Era a lagrima de Jesus que chorava de comoção

Durante alguns instantes um silêncio se formou
Não se ouvia ninguém falar
O silêncio foi rompido, a pedra removida
Um brado a retumbar

Lázaro vem para fora
Vem que quero te abraçar

As amarras da morte, não poderam suportar
As frágeis ataduras, não me impediram de caminhar
Ao encontro de Jesus que estava a me esperar

Fui guiado por uma luz
A luz do seu olhar
Nos lábios um sorriso
Apressei-me alegremente

Agora estou ditoso, tenho vida novamente.

Deus Musica Poesia






Deus musica e poesia
Destes, a essência da vida

Nas batidas do coração
Nos acordes da canção
Nas rimas do refrão

Embala o presente
Remete-nos ao passado
Transporta-nos para o futuro

É trindade e não tricotomia
Elimina a solidão e encerra a monotonia
Sonoriza o amor e a alegria
Traz a cura da melancolia

Adormece-nos, quando cansados
Desperta-nos revigorados
Renova-nos a esperança
Nos faz sorrir feito criança

Aquece as paixões
Arrebata os corações
Ilumina as escuridões


Imagine a vida sem Deus
Imagine a vida sem musica
Rejeite a vida e a sua poesia

Assim era a terra sem forma e vazia

Deus é o poeta, compositor
O Universo é a sua musica
O homem é a sua poesia
Jesus Cristo é a sua canção de amor

"Falando de Amor"

 




O que é o Amor?
Quem já sentiu?
Quem permitiu?

O Amor

Pela Mulher
Pelo Homem
Por um, qualquer

O Amor

Quando existe
Deixo de ser
Prá se doar
Prá oferecer

O Amor

Prá se entregar
Prá se ferir
Prá se doer



O Amor

Prá se deixar
Se envolver
Prá se ganhar
Não se perder

O Amor

Prá se morrer
Prá se amar
Prá se viver

Jesus é o Amor, morreu de amor, morreu por amar.

De ladrão a grande nação.

 




Lá vai Jacó
Fugindo desesperado
Esaú está irado, deseja-lhe matar

Lá vai Jacó
Com os pés feridos
Mais ferido o coração
Sua alma o acusa
Enganaste o teu irmão

Lá vai Jacó
Temendo a própria sorte
Lá no vale de Jabóque
Um combate sucedeu

Dizem que lutou com anjo
Dizem que lutou com Deus

Durante toda madrugada
A batalha foi travada
Jacó prevaleceu

Com a coxa machucada
Sua vida foi marcada
Nunca mais se esqueceu

Deus pergunta o seu nome
Uma resposta acanhada
No peito o medo
Na garganta um nó
Mais responde a verdade
O meu nome é Jacó

Sou filho de Isaque
Meu avô é Abraão
Esaú é meu irmão
Quer matar-me
Considera-me ladrão

Deus declara sem demora
Já conheço tua historia
Escrevi o teu papel
Não te chamarão Jacó
O teu nome é Israel

“Vaidade.”





Companheira da Soberba
Inimiga da Humildade

Semeadora das intrigas
Destruidora de amizades

Vive sempre de aparência
Não suporta a verdade

Cativante, lisonjeira
Armadilha da maldade

Sedutora, atraente
Traidora sem piedade

Leva-nos as alturas
Abandona-nos na sepultura

Vaidade

Os teus dias são contados
Brevemente terão fim

Regeitarão tua luxúria
Negarão a tua volúpia

Perder-se-á no caminho
Desaparecerá no espaço

Logo findar-se-á
Chegará o teu fracasso

A realidade a ti virá
Onde estarás óh vaidade?

Solitária!
Desprezou a amizade

Sozinha!
Esmagou o coração

Assim ficará!
Morrerá de solidão

Vaidosa, efêmera

Como bola de sabão

“Um bom conselho”





Qual será um bom conselho?
Quem é tão sábio que possa considerar?
Quem é o tolo que não deva se arriscar?
Rejeitar o tal conselho, bem mais tolo o fará?

Quem segue o conselho, liberdade perderá.
Pois quem vive de conselhos, poucos dias contará.

Quem vive de conselhos na verdade não viveu.
Vive o medo do conselho que um dia recebeu.
Desconfio que não vive, á muito já morreu.

Então vai o meu conselho.
Não sofra influência.
Viva o bem, se prepare, espere o mal.
Viva a sua experiência.
Não escute muitas vozes, só a sua consciência.

Seja sábio, viva a sua vida.
A vida faz o sábio.
O sábio vive a vida.

Por fim, te darei um bom conselho.
Se este conselho lhe foi bom,
Me agradeça em dinheiro.

Testemunho de um pregador.






 
Lembro-me com muita alegria daqueles dias naquele pequeno salão de paredes manchadas pelo mofo e a infiltração.
Do lado de fora uma placa: “Igreja Evangélica Pentecostal O Brasil para Cristo” e em destaque escrito em vermelho Entrada Franca.
Meu Pastor chorava ao ver a situação das paredes, e sempre dizia “um dia a gente se muda para outro salão”.
Tudo isso por que não valia à pena gastar com reforma, o salão era alugado, os recursos escassos e o “Seu Carlos” (Pastor Carlos Alberto Ribeiro Bastos) como ainda o chamo carinhosamente, nunca teve coragem de pedir mais uma oferta aos pobres irmãos. Somente chorava e lamentava á Deus esperando uma solução.
Alguns irmãos se irritavam e á ele chamavam de crente chorão.
Mais foi naquele lugar que tive um encontro com Deus, foi ali que recebi dons espirituais foi ali que preguei pela primeira vez.
As pernas tremiam, ainda hoje é assim, a boca seca, o suor frio escorre pelo rosto. Assim foi a primeira vez que subi naquele púlpito simples de madeira, a tribuna formada de cadeiras que foram tiradas da cozinha do Pastor. Aliás, segundo ele mesmo conta, a Igreja começou na sala da sua casa no bairro Jardim Piracuãma. (periferia da zona sul de São Paulo).
Se antes eu não falava a verdade, foi ali que aprendi a falar, ao ver o exemplo daquele ancião de cabeça branca, que na época não era tão ancião e ainda não tinha os cabelos brancos.
Homem integro, verdadeiro, que de tão verdadeiro se tornava rude, parecia não ter amor. Serio severo, ainda gosta da fama de doutrinador. Descobri seu ponto frágil, lhe faltava o carinho de um filho, ninguém lhe chamava de “Querido Pastor”.
Ganhei sua amizade e sua confiança, ganhei o seu amor, de vez em quando ainda me fala com aquela fala alta e grossa; “Meu filho serás o meu sucessor”.
Hoje continuo pregando e sempre procuro falar a verdade, lembrando dos ensinamentos do meu velho Pastor que hoje já não prega mais na Igreja, foi substituído por um Doutor.
Ainda não se cumpriu aquela profecia, que eu me tornaria o seu sucessor, ou talvez já se cumpriu, ele não soube interpretar. Caminho firme e contente e guardo no peito as palavras de quem um dia me ensinou a pregar.

O meu interesse não é dinheiro, nem tão pouco o status, quero apenas falar a verdade, ser sempre simplista e nunca ser considerado um mentiroso sofista.

Os fatos aqui escritos nesta poesia são reais, meu querido Pastor Carlos ainda é vivo, quanto a Igreja, se mudou para outro salão, um pouco maior um pouco melhor, sem infiltração, tem até uma sub-congregação que um dia fui dirigente. O Pastor continua chorão, já está jubilado, não o deixam mais pregar, hoje é este o motivo que o faz chorar.