A razão social do dizimo.



Vou direto ao assunto, sem colocar em questão as referências bíblicas acerca do dizimo. Reservo-me, tratar do assunto abordando apenas a questão social do dizimo, pela qual considero ser a mais importante.

Outrora usaria toda a retórica de pregador sofista, em defesa da ideia que, "dar o dizimo é gratidão a Deus". Hoje já não tenho esta pretensão.
Deveria ser um ato voluntário, deveria ter razões nobres, deveria ser um ensinamento para garantir a igualdade social para as camadas mais desfavorecidas da sociedade, sem dizer que deveria ser um ato de amor ao próximo. Deveria.

A grande verdade é que, aquele que dá o dizimo, na grande maioria das vezes é movido pelo desejo ambicioso de "garantir o seu direito egoísta de ser próspero, abençoado,"além disso o dizimista se acha no direito de julgar aqueles que por qualquer razão, não pode dar o dizimo, e de maneira discriminatória, determinam a razão pelos infortúnios do não dizimista. Se dar o dizimo fosse garantia de prosperidade, não haveria pobreza entre os fieis (Igrejas).

Não quero nem falar da relação do dizimo como moeda de troca ou argumento para cobrar de Deus as "bênçãos de que se tem direito". Isso é mal, diabólico, repulsivo!
Doar pela causa do outro, sem esperar nada em troca, nem ao menos a gratidão do outro. Isso é bom, isso é nobre!

Jair Santos;
Filósofo de quintal.