Por que sou melhor?
Que graça viu em mim, para ter me escolhido?
Entre povos e nações
Por que eu sou o ungido?
Os outros morrerão?
Estão perdidos?
Por que esta divisão?
Por quê?
O que fizeram para merecer?
O que deixaram de fazer?
Eu gostaria de saber!
Existe um “deus” mais justo?
Existe um “deus” menos protetor?
Existe outro “deus”
Quero conhecer!
Se me considerar culpado
Deixe-me morrer
Não quero proteção
Enquanto sofre sozinho o meu irmão
Não quero fartura e ver morrer a criança imatura
Não quero cobertor e deixar morrer de frio o menor infrator
Não quero aliança
Enquanto desabrigados perdem a esperança
Não quero religião e ver na porta da igreja mendigos dormindo no chão
17 de março de 2010 às 18:46
Se o blog de lá é uma confraria esse aqui é uma confeitaria pois estas sobremesas que você oferece são deliciosas de ler e comer.
Gostei de mais destas rimas e desta autentica teologia de rua, esse modo de ver ficou mais claro ainda com a sua poesia.
Pois mitos, poesias contos e parábolas existem para isso mesmo: clarear o pensamento deixando ele mais nítido ao entendimento e coração.
17 de março de 2010 às 20:26
Jair...nem sei o que dizer de tudo isso que escreveu mano!
Se eu fosse bater algumas estacas no outro evangelho...certamente extrairia de seu poema...muitas das ideias.
Parabéns meu amigo e irmão.
Que compartilha comigo, a mesma opinião
Se Deus quer cuidar de seu povo com carinho
Deve começar com os que não têm no prato um bocadinho.
17 de março de 2010 às 21:09
Este poema demonstra a apurada sensiblidade do autor e sua preocupação com o destino e com a atual realidade dos que sofrem ao redor do mundo.
Na verdade, sempre que vou a algum lugar com grande aglomeração de pessoas, invariavelmente me vêm a mente questionar o porquê de todas aquelas pessoas estarem virtualmente condenadas enquanto "eu estou salvo". O que elas têm de pior, de diferente? O que fizeram de mal ou deixaram de fazer de bem? E para quem?
Um abraço, grande poeta!
17 de março de 2010 às 21:10
Só um P.S.: Já adicionei o seu blog à minha lista de blogs lá no Um pouco além do óbvio.
Abraço.
18 de março de 2010 às 01:35
Amigo JAIR,
Este ensaio me emocionou!!!
Também penso muito sobre esta questão, a questão de alguns terem mais que outros, de uns viverem tão bem ...enquanto outros nem viver conseguem.....
A realidade é que alguns são beneficiados e outros abandonados........
Todos somos filhos de um mesmo Deus, um Deus que nos ama de forma incondicional....inexplicável.....mas o que tento entender é porque um pai presenteia uns filhos mais que outros?! Será que alguns fizeram por merecer e outros não?! Mas um pai não vê os defeitos do filho, pois quando trata-se de amor, não trata-se de muitas escolhas....
Eis o x da equação...quero dizer, da questão...rsrsr..
Não julgo DEUS e nem julgaria jamais....mas se por algum motivo existem tais irmãos necessitando de ajuda, vou adotar isto como sinal de que devemos ajudá-los...e não cobrar de Deus...
Se podemos fazer, devemos fazer!! (Aprendi esta com o poeta Edson..rs)
Creio que este 'mundo' depende um pouco mais de nós...e de nossas ações...pois estamos aqui!!
Beijos!!
Muita paz!!
18 de março de 2010 às 09:09
Bela poesia Jair, carregadas de significados.
Realmente a dor do mundo, dos outros seres humanos dói em nós, e porque não em Deus?
Me solidarizo com a raça humana, não peço e nem aceito nem um privilegio advindo de Deus que não seja global e geral.
Abraços
18 de março de 2010 às 09:28
Amigo Gresder;
Nunca é demais dizer que bom ter você por aqui, pois este é maior objetivo deste blog, manter por perto os amigos.
Pois é meu irmão quanto a questão abordada nesta poesia, a suposta proteção de Deus aos religiosos, enquanto a grande maioria passa dificuldade, isto acontece porque os homens que deveriam ser agentes de Deus não cumprem a sua função e dizem que é pela oração que o problema será resolvido.
O problema da fome se resolve com alimento, o do frio se resolve com abrigos e proteção, o da delinquencia juvenil se resolve com oportunidades, e não podemos jogar a responsábilidade para o governo, igreja e até mesmo Deus, neste caso minha opinião é que Deus não fará aquilo que eu posso fazer.
Forte abraço.
18 de março de 2010 às 09:44
Meu Mano Edson Noreda rsrsrs...
Sua visita é muito importante para mim, sem desmerecer os demais, mas quando leio um comentario seu, tenho-o como base para novas ideias, meu amigo tenho aprendido muito contigo. Sei das suas ideias e o seu desejo de adotar uma familia, sei que não é facil, mas se cada um fizer um pouquinho, podemos amenizar a dor daquele que esta perto de nós passando necessidade.
Vejo nas nossas igrejas cultos especificos destinados a missões e poucas realizações ou nenhuma, na verdade estes cultos servem apenas para promoção de pregadores. Fala-se de missão na Africa, missão está onde eu posso estar, missão está onde posso ajudar.
Ajudar sem olhar a quem, ajudar sem pensar no tal do galardão, pois se assim fizermos, onde estrá a nobreza do gesto?
18 de março de 2010 às 09:59
Isaias Presidente da Confraria;
Com a poesia podemos viajar no surreal e em meio aos contos e rimas imaginar o que se quiser imaginar.
Mas nestes ultimos dias tenho sido impulsionado a abordar a realidade nua e crua da vida, a fim de que venhamos despertar para a vida que acontece debaixo do nosso nariz.
Pensar, refletir, agir, falar de amor e fazer com que este amor alcance o necessitado, isto para mim é que é religião.
Muito Obrigado por ter me adicionado no seu blog.
Como eu não entendo muito e não sei mexer nas ferramentas do blog, acompanho seu blog palo blog do Edson e Marcio. Bem que eu já tentei alterar a lisatagem dos blogs que eu acompanho, mas não consigo.
18 de março de 2010 às 10:15
Amiga Paulinha;
Percebo sua sencibilidade e sei que o que esta falando vem de dentro do seu coração.
A realidade da vida é chocante, é assustadora e não podemos ficar de mãos atadas.
O Edson é testemunha do trabalho que junto com ele e o Marcio realizamos na Praça de Campo Limpo (bairro onde moramos) ver (hoje estou um pouco ausente devido meu trabalho, não quero ficar dando desculpas). é triste ver situação de abandono que se encontram aqueles homens durmindo debaixo de uma marquise e que para anesteziarem o sofrimento se entregam a bebida e as drogas.
18 de março de 2010 às 10:30
Marcio meu amigo e irmão, sempre junto comigo e quando precisei você me estendeu a mão isso é que é ser usado por Deus para promover o bem estar dos nossos semelhantes, não digo isto só porque você me ajudou, mas porque sei a generosidade que existe no seu coração. (você sabe do que eu estou falando.)
Forte abraço de gratidão.
18 de março de 2010 às 18:26
Um calvinista diria: ele escolheu porque quis e porque é soberano. Tem sua Lógica.
Um arminiano diria: ele não escolheu você, você o escolheu. Quem não o escolher, morrerá em seus pecados. Tem sua lógica.
Grita o poeta de rua: Lógicas que se excluem não podem ser lógicas.
18 de março de 2010 às 21:37
Jair
Para incluir o Um pouco além do óbvio na sua lista de blogs, faça o seguinte:
Painel do Blogger>>Layout>>Minha lista de blogs>>Adicionar à lista> digite: http://poucoalem.blogspot.com/ >> "Adicionar">> "Salvar"
Abraço.
18 de março de 2010 às 23:59
Bravo Jair
Tens o dom da poesia
Essa religião que encanta e se canta por aí afora é para se ter aversão mesmo.
A verdadeira religião é essa: visitar os órfãos e as viúvas em suas aflições e guardar-se da corrução do mundo. (Tiago 1: 27)
19 de março de 2010 às 08:14
Meu Capitão Eduardo;
Fico com esta opção:
"Grita o poeta de rua: Lógicas que se excluem não podem ser lógicas."
Sou este poeta de rua que se livrou das paredes de gesso e que suja os pés no barro vermelho desta estrada chanmada vida.
19 de março de 2010 às 08:15
Mano Isaias;
Grato pelas dicas, já te adcionei também.
Forte abraço.
19 de março de 2010 às 08:23
Mestre Levi;
Esta religião atual é como anestésico de efeito paliativo, tem até um sabor adocicado e seu efeito é momentâneo, mas não trata a raiz das dores e apenas mascara a enfermidade.
19 de março de 2010 às 20:43
Obrigado, amigo, fico honrado com a gentileza.
Abraço.