“O pior cego é aquele que enxerga e não percebe.”




“A humanidade de Jesus vista por Bartimeu.”
Em uma cidade havia um cego de nascença, assentado a beira do caminho, seu nome era Bartimeu.
Grande multidão passava e quase o esmagava. Mas o cego percebeu a forte presença que ali sucedeu.
Seus ouvidos estavam atentos e em pensamentos dizia: “Verei o meu Deus.”
Á ele faltava a visão, mas tinha na voz a mais forte expressão.
Bartimeu começou clamar, parecia louvar um hino de exaltação.
“Jesus filho de Davi tenha de mim compaixão.”
“Jesus filho de Davi olhe para mim, sou eu teu irmão.”
Cantarolava assim a simples canção, que subiu aos ouvidos do Rabi, e tocou no fundo do seu coração.
Cale-se, mandava a multidão, e bem mais forte ecoava o apelo em forma de oração
O Mestre então chama Bartimeu.
- Pode pedir.
- O que queres que eu te faça? Óh filho de Timeu.
Responde Bartimeu.
- Que eu veja o rosto do meu Senhor. Este é o desejo meu.
Conforme ele pediu o Senhor lhe concedeu.
Tornou-se radiante, não é mais o cego errante a beira do caminho.
Hoje é lembrado com carinho. O ilustre Bartimeu nascido para a Glória de Deus.

A cidade era Jericó. Bartimeu era um descendente de Jacó, era da família de Davi e Jesus era seu parente.
O hino que Bartimeu cantava evidenciava a humanidade do filho de Deus é assim que Jesus gostaria de ser visto; “Muito mais humano, e menos Deus.” Bartimeu ainda quando estava cego assim o percebeu, assim o recebeu.

11 Response to "“O pior cego é aquele que enxerga e não percebe.”"

  1. Marcio Alves says:
    3 de abril de 2010 às 16:57

    Muito boa poesia refletiva, pois de fato, o próprio Jesus dava total ênfase em sua humanidade, pois sua divindade, fora uma construção teológica feita muito depois pelos apóstolos.

  2. Isa Medeiros says:
    3 de abril de 2010 às 19:14

    Belo poema, Jair, nosso Poetinha fraterno.

    De fato, se Jesus não era homem (humano), então nós estamos irremediavelmente perdidos, pois estaria declarada a impossibilidade de um único outro homem sequer chegar-se a Deus.

    Abraço.

  3. Paulinha says:
    3 de abril de 2010 às 20:28

    Parabéns poeta JAIR,

    Lindo ensaio!!

    Mas então, a estoria deste homem não só vem com o inuito de frisar a humanidade inclusa em Jesus, mas como também, para mostrar que CEGO é aquele que não enxerga a percepção das coisas....e no caso de Bartimeu, ele não via Jesus ainda, mas mesmo assim ele conseguia ver pelos olhos da percepção, que Jesus seria a sua solução, o refrigério da sua dor, pois na realidade, ele via em Jesus, um Deus humano.

    Abraços!!
    Muita paz amigo!!

  4. Jair dos Santos says:
    4 de abril de 2010 às 14:37

    Amigo Marcio;

    Sabemos que no texto em referência, a multidão que seguia Jesus o seguia por causa dos milagres e alguns já o idolatravam como Deus. Equanto Bartimeu ainda que buscava a cura para sua cegueira, fez questão de chamar Jesus de Filho de Davi, para ressaltar as origens do Jesus homem.

    Forte Abraço.

  5. Jair dos Santos says:
    4 de abril de 2010 às 14:41

    Mano Isaias;

    Perfeito, o Deus amor é personificado na pessoa de Jesus para tornar possivel o nosso relacinamento com ele.

    Forte abraço.

  6. Jair dos Santos says:
    4 de abril de 2010 às 14:48

    Querida Paulinha;

    A humanidade de Jesus é evidenciada não apaenas na atitude de Bartimeu. Jesus manifesta-a quando se livra da multidão para dar atenção ao cego Bartimeu. Isto deixa claro que Jesus se preocupa com o drama humano.

    "O que qres que eu te faça?" Em outras palavras significa estou a sua disposição em que posso te ajudar? Com o gesto de estender a mão levantá-lo do chão e abraçá-lo. Existe algo mais humano?

    Forte abraço.

  7. Edson Moura says:
    4 de abril de 2010 às 17:34

    Parabéns Jair meu poeta, realmente, Jesus foi singular neste sentido...afinal de contas, quem hoje em dia para para dar atenção à um mendigo?

    Esse Jesus humano é o Jesus divino que eu creio!

    Beijão meu mano!

    Saudades!

  8. Jair dos Santos says:
    5 de abril de 2010 às 08:24

    Mano Edson;

    Que bom ler seu comentario por aqui.

    Obrigado pela visita e pelo comentário. Também estou com saudades, aparece pessoalmente meu velho.

    Forte abraço.

  9. Eduardo Medeiros says:
    5 de abril de 2010 às 12:45

    Tal qual Bartimeu
    Também quero ver
    Não sou cego de olhos
    Mas quem não se percebe cego
    De tantas coisas?
    Quero curar-me e ver a beleza do mundo e não somente a sua feiúra
    Quero curar-me e ver o melhor das pessoas e cegar-me para os seus defeitos, pois quem não os tem?
    Quero curar-me da miopia que me faz ver Deus embaçado por tantos conceitos e dogmas
    Quero a visão límpida para apenas contemplá-lo e sentí-lo.
    Não quero definí-lo. Não quero dizer dele isto ou aquilo.
    Quero ver sua presença em mim sem precisar sabê-lo pelos ditames da dogmática.
    Então, de olhos curados, olho para Jesus...

    * * * * *
    Jairzinho, me perdoe, mas o seu texto me inspirou...você é o culpado.

  10. Eduardo Medeiros says:
    5 de abril de 2010 às 13:19

    Jairzinho, meu poeta, deixa eu te passar o endereço de um outro blog que eu tenho mas que não atualizava a algum tempo.

    Lá eu não falo de teologia, só de coisas legais heeeeeee

    Postei lá o meu comentário-quase-poema que você me inspirou a escrever.

    olharotempo.blogspot.com

  11. Jair dos Santos says:
    5 de abril de 2010 às 14:19

    Meu Capitão Dudu;

    Não precisa pedir perdão, fico lisonjeado em saber que inspirei este seu belissimo ensaio, este é o objetivo das minhas poesias é fazer que mais poetas se manifestem.

    Quero ver a poesia na vida, se a vida tivesse mais poesia o Amor não seria uma utopia.

    Agora vou olhar o tempo e descobrir as tuas poesias.

    Ao Capitão poeta da confraria.

    Forte abraço.

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